sexta-feira, 7 de março de 2014

Preocupações para os pais (ou pelo menos assim deveria ser)

Olá 
Hoje a conversa é séria. A conversa é séria porque fala daquilo que não faz bem. Na verdade só vou repetir aquilo que é certo e sabido: tudo que é em excesso, faz mal. Já o açúcar, protagonista da novela de hoje, nem precisa ser em excesso para fazer mal; basta fazer uso dele, diariamente, em suas diversas formas como ingrediente de industrializados para ganhar números extras na loteria dos problemas de saúde. Mas vamos por partes.
Já percebi por aí, virtual e presencialmente, que uma boa porcentagem das pessoas não vê problema nenhum em dar um produto com açúcar para bebês. Mas são chocantes as quantidades que são dadas e a idade para quem são dadas: é refrigerante na mamadeira para bebês de 4 meses (!!!!!), iogurte / petit suisse para bebês de 2 meses, ovo de páscoa para bebês de 9 meses, enfim, de tudo se vê. Percebi também que não adianta alertar, você sempre é chata e neurótica, isso é um exagero, os meus comeram e não morreram, blá blá blá. A essas mesmas pessoas não adianta dizer que com esses hábitos alimentares (hábito porque é a regra e não a excessão) seus filhos viverão menos que seus próprios pais, morrerão cedo, em tenra idade, por doenças associadas diretamente a sua alimentação, como é o caso da Diabetes tipo 2, a que mais mata no mundo, mais do que a violência urbana, essa constante preocupação. Morrerão de infartos, de câncer, de bullying e de ressentimento contra seus pais. E seus pais se revoltarão contra as divindades e se perguntarão porquê... Ou morrerão de culpa, um pouco a cada dia. Pesado, não? 

Este vídeo anda rolando pela internet e tomando as redes sociais. Veja e tire suas conclusões, já que a decisão do que dar aos seus filhos, é sua.

Até a próxima.

http://puraeco.com.br/a-principal-causa-pela-qual-o-seu-filho-pode-morrer-antes-que-voce/





sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Pastel integral de forno com recheio de brócolis e requeijão

Olá queridos!

Dia de empolgação na cozinha, daqueles de nem o calor atrapalha, sabe? Confesso que estava até com saudades de fazer uma coisinha diferente que não fosse a nossa comida de todos os dias.
Aí deu-se o seguinte, o brócolis já tinha uns dois dias na geladeira, e para não jogar, resolvi que esse seria o recheio.
Cortei os talos do brócolis (não joguei fora, aproveitei para fazer o arroz do jantar), e cozinhei os floretes no vapor.
Depois piquei, coloquei uma pitada de sal, um fio de azeite, e adicionei colheradas de requeijão até adquirir uma consistência que me agradasse.
Aí parti pra massa:

- 1 xíc. Farinha de trigo
- 1 xíc. Farinha de trigo integral
- 1 col. chá de sal
- 1 col. sobremesa de fermento em pó
- 3 col. sopa de óleo
- aproximadamente 1 xíc. água morna

Misture os ingredientes secos, depois adicione o óleo e a água aos poucos, até ficar uma massa elástica e macia (não pode ficar seca). Deixe descansar por 10 minutos. Abra a massa com um rolo (não pode ficar muito fina). Recheie a gosto, pincele azeite por cima e leve ao forno por mais ou menos 20 minutos.

Fica delicioso!

Uso esse trequinho pra moldar os pasteis. É prático!

Depois de prontos

Analisados...

E aprovados! Ele comeu dois dos menores e dizia mmmmm! 

Sobrou um pouco do recheio, entao fiz um arroz com brócolis, transferi para um pirex e coloquei o recheio restante por cima. Salpiquei com queijo ralado e coloquei no forno. Yummy yummy!!!

Beijos

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Devo, não nego, posto quando puder

Queridos leitores, 
Ando meio zumbi: o calor não deixa ninguém dormir, o Miguel principalmente. Honestamente, acho que se deixassem, eu dormiria 12 horas seguidas, mesmo com este calor. Mas não vim aqui pra falar de calor e sono, mas sim daquilo que nos dá energia para ficarmos acordados durante o dia: comida!
Como diz o título lá em cima, devo receitas, mas já voltei à antiga rotina de aulas, presenciais, online, e traduções, então o tempo anda escasso. Pelo menos tenho lembrado (a maioria das vezes) de tirar foto da comida pra depois postar.
E voltando à comida, é com muita alegria que lhes digo, queridos leitores, que o Miguel anda comendo feito gente grande: come a comida da família em pedaços normais, de gente grande.
Até bem pouco tempo atrás, eu ficava muito relutante em dar pedaços maiores, mas com o tempo foi só aumentá-los a pouco e pouco e hoje ele come pedacinhos maiores. Às vezes ainda estranha, principalmente se for carne e for meio dura, mas tambem, quem não estranha?
Então, deixo aqui algumas sugestões de comidinhas simples, mas deliciosas e nutritivas para o dia a dia.
-purê de abóbora com batata e carne moída (vou ser sincera, coloquei batata e abóbora pra fazer o purê porque não curto o gosto adocicado, então para não pôr sal, é só juntar a batata). A carne moída eu refogo com talos de agrião picadinhos, deixo cozinhar e mais ao final do cozimento eu adiciono as folhas do agrião.


- pescada cozida com saladinha de quinoa com cenoura e abobrinha refogada (cozinhar a quinoa, refogar a cenoura e a abobrinha, misturar com a quinoa e temperar - uso azeite e uma pitada de sal)
Eu adoro esse peixe cozido, sei que parece "comida de doente", mas eu adoro: ponho sal, azeite de boa qualidade e um tiquinho de balsâmico.
Olha o prato da mamãe e do bebê:


O Miguel raspou o prato, mas vomitou tudo algum tempo depois... E como ele anda muito alérgico, o pediatra mandou cortar peixe e clara de ovo, enquanto não saem os resultados do teste alérgico que vamos fazer no fim do mês.

- fiz uns caldos muito gostosos que tenho usado como base em várias preparações: um de legumes e um de frango. Eles rendem bastante, então vale muito a pena fazer. Eu deixo cozinhar por 1 hora e meia, depois bato no liquidificador e ponho em forma de gelo ou em saquinhos. 
O caldo de legumes eu faço assim: refogo uma cebola picada, 2 dentes de alho picados, alho poró, salsão, espinafre, cenoura, abobrinha, tomate, salsinha, cebolinha, tudo no azeite. Depois cubro com água e deixo cozinhar.
O de frango, eu refogo cebola, alho e alho poró, depois ponho um peito de frango com pele e osso, dou uma fritadinha, acrescento legumes (foram os mesmos do caldo de legumes), cubro com água e deixo cozinhar. 
Como ele fica bem concentrado pois não é coado, uns dois cubinhos já dão um super sabor à comida. Se a quantidade de comida for maior, eu uso o que está no saquinho, que dá mais ou menos 1 xícara. Aqui, tempero industrializado não entra.
Quando não tenho muito tempo, ou quando esqueci de descongelar carne ou frango, eles sempre ajudam. Às vezes faço um macarrão cabelo de anjo, cozinho brócolis e o caldo serve de molho, fica super saboroso.


Bom, por enquanto é só: devo, não nego, posto quando puder.
Beijos e bom apetite!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

E os tais dos orgânicos?

Todos nós já ouvimos falar deles, mas afinal qual é a diferença entre os orgânicos feiosos e os não-orgânicos grandes e brilhantes? 
Bom, já começa pela aparência: o orgânico é normalmente feio e desengonçado, mas cheio de sabor. Sabe aquele sabor de cenoura, mas cenoura de verdade? Então, só no orgânico. O não-orgânico é enorme, viçoso e brilhante, mas ele só é assim por conta dos agrotóxicos.
Se você acha que é tudo teoria da conspiração, faça o teste da cenoura: compre uma cenoura orgânica e uma convencional e prove as duas. Garanto que vai sentir a diferença. 
Compartilho aqui uma parte do material sobre orgânicos do curso  de Gastronomia Funcional que fiz este ano pelo Portal da Educação.


Os alimentos orgânicos são aqueles produzidos sem agrotóxicos, incluindo fertilizantes, inseticidas, bactericidas, antibióticos, hormônios ou promotores de crescimento e também produtos transgênicos. Além disso, a agricultura orgânica baseia-se em uma proposta de trabalho e produção sustentável, pois há preocupação com o meio ambiente.
Quase todo o setor produtivo considera imprescindível a utilização dos agrotóxicos para garantir o rendimento de suas lavouras, no entanto o objetivo final dos orgânicos é a saúde da população. Apesar de não existir estudos definitivos que comprovem que os alimentos orgânicos são mais nutritivos e de existirem estudos controversos na área, especialistas defendem que, por serem cultivados de forma mais natural e não terem muita concentração de água, eles reúnem e preservam melhor os nutrientes.

Já o sistema convencional de produção de alimentos baseia-se na utilização de maquinário pesado, melhoramento genético e insumos químicos. Essa forma de produção tem levado a um desgaste do solo, contaminação de alimentos por agrotóxicos e diminuição da qualidade do alimento.

Com o objetivo de avaliar de forma contínua as concentrações de resíduos de agrotóxicos nas frutas, vegetais e hortaliças que chegam à mesa do consumidor, foi criado a partir de 2001 o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos.

Este trabalho de monitoramento é realizado em conjunto com as vigilâncias sanitárias de vários estados do Brasil. Anualmente, são realizadas coletas e envio dos alimentos in natura dos supermercados para os laboratórios cadastrados para análise.

Os relatórios anuais das atividades do PARA estão disponibilizados no site da ANVISA. No último relatório divulgado referente a análises de alimentos no ano de 2010, os alimentos que apresentaram maior quantidade de insatisfatória de agrotóxicos ou apresentaram uso de agrotóxicos não autorizados foram o pimentão, o morango, o pepino, a alface, a cenoura, o abacaxi, a beterraba, a couve e o mamão.

A população deve ser orientada a preferir essas frutas e hortaliças na versão orgânica. As consequências do uso abusivo de agrotóxicos para a saúde humana são inúmeras. De acordo com os estudos científicos atuais, a ingestão de agrotóxicos em quantidades dentro dos valores diários aceitáveis não confere prejuízo à saúde.

Entretanto, caso a ingestão diária recomendada seja ultrapassada, o que tem sido muito frequente, as consequências podem variar desde sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras até distúrbios do sistema nervoso central, infertilidade feminina, epilepsia, problemas neurológicos, síndrome do pânico, redução de estatura em gerações futuras ou câncer, nas situações mais graves de exposição, como é o caso dos trabalhadores rurais.
Os sintomas geralmente são poucos específicos e podem variar de acordo com diversos fatores, incluindo tipo de agrotóxico ingerido, grau de exposição, idade, peso corporal, tabagismo, entre outros.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para conseguir o nome “orgânico” ou “produto orgânico” escrito no rótulo, o produto deve conter, no máximo, 5% de ingredientes não orgânicos, sendo necessário escrever quais são esses ingredientes.
Já os produtos que tem uma porção maior de ingredientes não orgânicos, só podem ter em escrito no rótulo o termo “produto com ingredientes orgânicos”. Neste caso, a parte orgânica deve ser, no mínimo, de 70%.
Outras expressões, como “ecológico, biodinâmico, da agricultura natural, biológico, agroecológico, do extrativismo sustentável”, entre outras, podem ser escritas nos rótulos dos produtos que sigam as regras da produção orgânica.

Desde 2010 todo produto orgânico brasileiro, exceto aqueles vendidos em feiras de produtos orgânicos e/ou obtidos diretamente com agricultores familiares, possuem o selo da SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica).




Os produtos e/ou alimentos orgânicos podem ser encontrados nos grandes supermercados e em pequenas mercearias ou lojas especializadas em produtos naturais.
Na maioria das capitais do Brasil existem feiras específicas para alimentos orgânicos.
Nestas feiras são encontradas frutas e vegetais vendidas pelo próprio produtor, o que pode diminuir o preço do produto.

No site planetaorganico.com.br é possível descobrir onde está
localizada a feira em diferentes cidades e municípios do Brasil.

Outra possibilidade é pedir para o agricultor entregar uma cesta, toda semana, em casa. Entretanto, nas feiras e no caso do serviço delivery, os produtos são vendidos sem o selo SISORG. Neste caso, para garantir que o alimento ou produto seja realmente orgânico, esses agricultores familiares devem estar associados a uma organização de controle social, cadastrada nos órgãos do Governo.

Nas gôndolas de supermercados, além da identificação do selo, é fácil reconhecer os alimentos orgânicos frescos como verduras, legumes e frutas. Eles são visualmente menores, são mais coloridos e têm o aroma forte específico de cada alimento. Os alimentos convencionais ficam grandes e bonitos à custa de muito agrotóxico.

Porém, o tamanho nada tem a ver com o valor nutricional, pois boa parte é água. Portanto, não devemos desconfiar da qualidade de um produto orgânico só porque não possui uma bela aparência. O ideal é evitar comprar as frutas e vegetais de tamanho muito grande.

O consumo de alimentos seguros, livres de quantidades excessivas de agrotóxicos, é fundamental para promover a saúde da população e garantir o consumo de alimentos de qualidade e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, secundárias à ingestão diária de quantidades perigosas de agrotóxicos.


O grande problema com os orgânicos é que normalmente eles são mais caros nos supermercados e muita gente desiste deles porque a feira vai pesar no bolso. Então, seguem aqui algumas estratégias para minimizar o consumo de agrotóxicos:

1) escolha alimentos da época (alimentos de safra demandam uma quantidade muito menor de agrotóxicos para serem produzidos. Além disso, como são de época, são mais baratos)

2) Lave corretamente os alimentos, mas lembre-se que a lavagem, por mais demorada e caprichada que seja, ainda que com uso de água sanitária, vinagre ou hipoclorito, só vai retirar a camada superficial de agrotóxicos. E lembre-se, a proporção é de uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água, deixando o alimento de molho por 15 a 20 minutos.

3) Descasque alguns alimentos, quando possível: pense que em alguns casos, frutas e legumes podem receber uma camada de cera para que não murchem. É óbvio que esta cera não é uma cerinha inofensiva, ela tem na verdade substâncias fungicidas e bactericidas que evitam o aparecimento de fungos e bactérias. Então, sempre que possível descasque maçãs, pimentões, pêssegos, etc.

4) Dê preferência aos produtos nacionais e deixe dessa mania besta que tudo o que vem de fora é melhor. Aquilo que é produzido aqui, não precisa receber ainda mais pesticidas para "durar" mais por causa das longas viagens.

5) Reduza o consumo de gordura animal. Retire sempre pele e gordura de qualquer tipo de carne. Escolha sempre laticínios com baixo teor de gordura pois os resíduos de pesticidas e outros produtos químicos tendem a se concentrar em tecidos gordurosos.

6) Refrigere legumes, verduras e frutas por, no mínimo, duas horas antes de higienizar. Quando o alimento e a água da higienização estão na mesma temperatura, o alimento vai absorver a água e consequentemente os agrotóxicos presentes em sua superfície. Por isso, refrigere antes de higienizar.

Espero que estas dicas tenham ajudado. Aqui em casa, fizeram diferença da compra ao consumo.

No próximo post, receitinhas para as festividades de fim de ano.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Só o melhor MUFFIN DE BANANA E CHOCOLATE. Assim com letra maiúscula mesmo.

Receita para grandes, já que tem açúcar e chocolate.


Ingredientes:

1 1/2 xíc. chá de farinha de trigo

2/3 xíc. chá de açúcar

3 bananas nanicas maduras

1 1/2 col. chá de fermento

1/2 col. chá de bicarbonato de sódio

1 col. chá de essência de baunilha

1 ovo

7 col. sopa de manteiga (derretida)

60 ml de leite

140 gr de chocolate meio amargo picado



Preparo:

Gosto de deixar tudo à mão quando vou preparar uma receita. Suja um bocado de louça, mas detesto ter que parar de bater o bolo para medir uma colher de fermento. Então vamos lá:


Amasse as bananas (no garfo mesmo) e pique o chocolate.

Comece misturando os ingredientes líquidos: manteiga, leite, ovo e baunilha. Eu gosto de misturar com o fuet, mas se preferir a batedeira, vá en frente. Junte o açúcar e bata mais um pouco. Adicione a banana e misture. Vá adicionando a farinha aos poucos. Nesta fase, bata com fuet ou colher. Assim a massa fica mais fofa. Junte o fermento e o bicarbonato e apenas misture (não bata com força, para não ativar o fermento antes do tempo). Por fim, junte o chocolate picado, misture e distribua em forminhas. Esta receita rendeu 12 muffins. E procure comer morninho, o chocolate fica meio derretido... Delícia! Faça o seu e mande uma foto! comidapequenosegrandes@gmail.com





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Super alimentos + super receita

Tenho a sensação de que a maioria das postagens têm descrições que mostram o Miguel como uma criança que come super bem e os pais, nós mesmos, como adultos conscientes que se alimentam de forma correta. Bom, a maioria das vezes é assim mesmo, mas confesso que nem sempre. E que atire a primeira mamadeira quem nunca preferiu uma pizza a um prato de legumes cozidos no vapor. No caso do Miguel, nunca foi pizza, mas um pratinho nutricionalmente pobre, tipo um macarrão com abóbora. Só isso e mais nada (esqueci de descongelar carne, tinha um prazo para uma tradução, não tinha dormido, queria a paz mundial, tudo no mesmo dia. É demais para uma só, não?) Só que aí entra a culpa, meus caros. E é com ela que realmente temos que lidar. Pois eu dei um jeito nessa danada lendo sobre alguns super alimentos e pondo em prática aquilo que aprendi nos cursos que fiz.
No começo ficamos um pouco relutantes, já que quando se pensa em super alimentos, dificilmente se pensa em algo muito saboroso. Mas normalmente são alimentos comuns, com os quais podemos fazer preparações deliciosas e aos quais não damos a devida importância.
Tem uma meia dúzia de coisa que faz diferença, por exemplo, para aumentar a imunidade, olha só. (fotos: Google)



ALHO: cheio de propriedades anti-inflamatórias. Acrescente um dentinho ao preparo da comida. (Fora o gosto que dá, né? Não é porque é comida de bebê que tem que ser sem gosto. Depois não reclama que o baby não come. Como se diz na minha querida e saudosa terra de Portugal, "come-a tu").



CEBOLA: essa querida das panelas é rica em quercetina, que é um flavonoide que protege de certos vírus e bactérias oportunistas. Além disso, tem propriedades anti-inflamatórias das vias aéreas. Aliás, quando o seu baby estiver com tosse, corte uma cebola ao meio e deixe na cabeceira do berço (fora do alcance da criança, lógico. Imagina o bafo do coitado). É tiro e queda, já que a cebola vai agir como um imã e puxar pra ela tudo o que é ruindade invisível (vírus) que fica ali esperando pra entrar no corpitcho do anjinho.



TEMPEROS, TEMPEROS: sabe aquelas ervinhas verdinhas que dão um super look gastronômico ao prato? Pois é, elas têm funções anti-inflamatórias e tambem expectorantes. Abuse da salsinha, manjericão, tomilho, hortelã, gengibre (bem pouquinho), alho poró. Ai, gosto tanto desse último que vou deixar um espaço só pra ele.



ALHO-PORÓ: rico em vitaminas A, C e do complexo B, ferro, fósforo, potássio, cálcio e a substância funcional alicina, que tem ação anti-inflamatória e colabora com o bom trabalho do sistema imunológico. Ajuda tambem no controle do colesterol. Não é o máximo? S2 pra vc, poró!



BRÓCOLIS: esse é bem completo, tem de tudo: cálcio (viu como não é só no leite da vaquinha que encontramos cálcio?), potássio, ferro, zinco, sódio, vitaminas A, C, B1, B2, B6, K e fibra alimentar. Gosto muito!



COUVE-FLOR: não sou a maior fã, mas em casa consumimos bastante, já que maridon e Miguelitcho adoram. Sabia que a couve-flor é uma excelente fonte de vitamina C? Além disso, possui grande quantidade de folato e fibras alimentares, vitaminas B5 e B6, magnésio e ômega 3.



LEGUMINOSAS: pense em feijão, lentilha, ervilha, grão de bico. São ricos em zinco, que combate resfriados, gripes e outros probleminhas do sistema imunológico. Por isso, grãos todo dia. Mas lembre-se sempre de deixar as leguminosas de molho em meio ácido (podem ser gotinhas de limão, vinagre ou soro de iogurte.) Isso faz com que basicamente os gases se soltem na água, diminuindo gases e flatulência no bebê. E em nós.

É claro que no mundo da comida existem muitas mais inúmeras opções super saudáveis para nos mantermos firmes e imunes. Cores variadas no prato são sinônimo de saúde, verduras auxiliam também - pense no agrião, que até a indústria farmacêutica usou pra fazer xarope - e no fim das contas, mesmo querendo (e tendo que) fazer tudo em um dia, incluindo a paz mundial, é possível preparar uma boa comidinha pra família e de quebra saber que aquele prato é bom pra todos.

Uma comidinha que é sempre sucesso aqui:

Carne moída com abobrinha e cenoura, agrião, mandioquinha e feijão branco

Ingredientes:
1 dente de alho picado
1/2 cebola picada
6 rodelas de alho poró (ou a quantidade que preferir)
Azeite para refogar
1 abobrinha italiana
1 cenoura média
3 mandioquinhas
1 xícara de feijão branco cozido
1/2 maço de agrião picado
1/2 kg carne moída magra

Preparo:
Refogue o alho, a cebola, o alho poró e os talos de agrião bem picadinhos no azeite, até dourar. Acrescente o agrião restante, a carne, a abobrinha e a cenoura. Se necessário adicione água e deixe cozinhar. Ao final do preparo, acrescente salsinha. Sirva com as mandioquinhas cozidas no vapor e com o feijão branco.

Queria pôr foto, mas não lembrei de tirar. Paz mundial e tudo mais...

Até a próxima.










terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mesmo sem saber o que cozinhar, é difícil dar errado.

Confesso: às vezes não faço ideia do que cozinhar para o Miguel comer. Sério, abro a geladeira e olho, olho, olho e não consigo pensar no que fazer. Fora que tenho a impressão que faço sempre a mesma coisa: arroz ou macarrão, feijão, abóbora, abobrinha, cenoura, agrião...
Desde a introdução alimentar dele, obviamente presto bem mais atenção ao que ponho na panela, tanto para ele como para nós. Aboli muitos industrializados, como molho de tomate, caldo, tempero em pó e optei pelas versões naturais. Descobri um bocado de coisa interessante sobre alimentos e suas propriedades. E gostei tanto da história que já fiz dois cursos: um de 'Educação Alimentar' em que estudei diversos temas relacionados a nutrição (pirâmide alimentar, planos alimentares, nutrição saudável em geral) e outro de 'Gastronomia Funcional' (alimentos funcionais, plantas medicinais, nutracêuticos e fitoterápicos, transgênicos, orgânicos, cortes e preparo de alimentos, ervas e especiarias, substitutos do sal, etc). Claro que algumas coisas já fazia por intuição, mas me senti muito mais segura quanto ao preparo das nossas refeições. O mais bacana é que eu e o marido estamos lentamente mudando os nosso hábitos para podermos dar o exemplo ao pequeno. E isso me enche de orgulho mas faz os outros me encherem a paciência. Mas isso é outro assunto. (Foco, Carla Diana, foco.)
Com toda essa informação em mãos, as refeições do Miguel são sempre completas. Ao dizer completas, quero dizer quer elas sempre têm os mesmos elementos, inspirados pela pirâmide alimentar: pelo menos 1 alimento rico em carboidrato, pelo menos 2 verduras e legumes, 1 carne / frango / peixe, 1 grão, 1 gordura (aqui em casa é SEMPRE azeite. Óleo, quando uso, é só em bolos.) E essa escolha faz sentido para a saúde.
Sem querer dar palestra, segue um rápido resumo da classificação dos alimentos (parte de um dos cursos que fiz):

Classificação dos alimentos:

CONSTRUTORES
São alimentos ricos em proteínas tanto de origem animal (carnes, frango, peixe, ovos, leite, queijos) quanto de origem vegetal (ervilha, lentilha, feijão, grão de bico). As proteínas são fundamentais para o crescimento e se o nosso corpo fosse uma casa, as proteínas seriam os tijolos usados na construção.

ENERGÉTICOS
Alimentos ricos em carboidratos, compostos orgânicos que dão energia: arroz, macarrão, fubá, pão, batata, mandioca, farinhas, açúcares, bolos, etc. Estes alimentos podem ser comparados à energia elétrica de uma casa, que faz funcionar lâmpadas e aparelhos eletrônicos. Existem também os superenergéticos , que possuem grande quantidade de gordura e açúcar e por isso devem ser consumidos com moderação. Entre estes alimentos, temos a margarina, manteiga, creme de leite, óleos, bolos confeitados, sorvetes cremosos, chocolates, refrigerantes, balas, chicletes e salgadinhos. Quando se fala em bebês, mais moderação ainda, para não viciar o paladar. Aqui em casa estes últimos simplesmente não são oferecidos. E cá entre nós, não fazem falta.

REGULADORES
Formados por vitaminas, fibras, minerais e água, os alimentos desta categoria hidratam o corpo e consequentemente auxiliam a digestão. São encontrados em legumes, verduras e frutas. Podem ser comparados ao cimento, que une os tijolos da casa, porque contribuem para que haja uma relação de equilíbrio entre os alimentos e o nosso organismo.

Munida de toda essa informação preciosa, seguimos para a preparação da comida. Seja qual for a comida, e partindo do princípio que sempre tem esses elementos aí em cima, o que eu faço é refogar cebola, alho e alho poró em azeite até dourar. Depois adiciono a carne e deixo dar uma fritadinha no refogado. Depois junto o arroz (se for o caso), a verdura picadinha, deixo pegar gosto e coloco água suficiente para cobrir e junto os ingredientes restantes. Deixo ferver e abaixo o fogo, deixo cozinhar, junto salsinha e cebolinha no final, ponho no prato dele, amasso com o garfo e sirvo.

Nesse vídeo, que foi o jantar de Domingo, tinha 1 dente de alho, umas 4 rodelas de alho poró, 1 rodela de cebola picadinha e os talinhos de 4 floretes de couve flor, peito de frango picadinho, 1 inhame pequeno, 3 colheres de feijão cozido, 1/4 de abobrinha, 1/4 de cenoura, uns 4 cubos de abóbora japonesa, 4 floretes de couve flor, 1 punhadinho de macarrão padre nosso. Tudo bem rapidinho, sem muito trabalho. o mais gratificante é ver o prato limpo ao final. Não tem verdura nesta papinha porque tinha dado couve no jantar do dia anterior e no almoço de domingo e o intestino dele deu uma desandada.


No próximo post, super alimentos e escolhas para aumentar a imunidade.